Quando alguém próximo a você se torna um dependente químico, abusando de drogas ou de álcool, você deve estar pronto para ajudar em sua recuperação, devendo estudar e pesquisar sobre o assunto para saber como agir em cada situação.
O álcool é uma substância que funciona como depressor do sistema nervoso central, agindo diretamente sobre diversos órgãos do organismo humano, como o coração, o fígado, os vasos arteriais e o estômago. Um alcoólico, ao longo do tempo, desenvolve uma situação que o torna um dependente químico do álcool, precisando dele para manter-se.
Quando consumido em pequenas quantidades, o álcool cria desinibição, mas, com o aumento da concentração do nível alcoólico no organismo, o indivíduo começa a apresentar redução da resposta aos estímulos externos, com sinais claros de sua influência, como fala pastos, dificuldades de locomoção, pensamento lento, etc. Em concentrações cima de 0,35 gramas por 100 mililitros de álcool, o dependente químico pode até mesmo entrar em estado de coma ou morrer.
Os efeitos do álcool variam de intensidade, de acordo com as características de cada indivíduo. Assim, por exemplo, uma pessoa que está acostumada a consumir constantemente bebidas alcoólicas, sentirá os seus efeitos com menor intensidade, se comprada com outras que não estão acostumadas a beber. Da mesma maneira, uma pessoa que tenha estrutura física de grande porte terá maior resistência aos efeitos do álcool no organismo do que uma de menor estatura e porte. O álcool é viciante, agindo como agentes usados por dependentes de drogas, criando vulnerabilidade, modificando o padrão de vida e até mesmo reduzindo a probabilidade de vida de um alcoólatra.
Neste artigo buscamos dar as melhores informações de como você pode ajudar os dependentes a reencontrar o caminho de uma vida mais saudável e tranquila, com 7 formas de ajuda-lo no caminho para a recuperação.
1. Entendendo a dependência química
Antes de qualquer coisa, é preciso entender como funciona a dependência química. Para ajudar alguém que é dependente químico, dominado pelo vício em álcool ou drogas, você deve entender a natureza dessa dependência.
Nenhuma das explicações científicas sobre a dependência é completa. O uso de drogas pode estar relacionado ao campo biológico, fazendo com que o usuário precise de seus estímulos fisicamente, mas também pode estar relacionado à dependência mental, que leva um dependente químico, teoricamente afastado do vício, a ter recaídas após muitos anos sem uso de drogas, voltando ao hábito em poucos dias depois de muita luta contra a dependência.
A dependência de drogas e álcool pode afetar qualquer pessoa, mesmo aquelas que não têm predisposição genética para o alcoolismo, ou que tenha poucos riscos relacionados ao ambiente, ou ainda pessoas que sempre se mostraram íntegras moralmente.
2. Ajude-se antes para depois ajudar o dependente
Buscando entender o dependente químico, é necessário que você tenha controle sobre o seu próprio comportamento, buscando se relacionar com um pessoa que, evidentemente, está com sérios problemas.
Se você tem alguém dependente químico, busque antes visitar grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos ou Dependentes Anônimos, visite um centro de reabilitação e converse com especialistas, procure informações com pessoas que entendam sua situação e possam dar as melhores diretrizes sobre como lidar com o dependente.
3. Estabeleça limites para lidar com o dependente químico
Deixe bem claro ao dependente químico, seja seu amigo ou parente, que você não estará por perto quando ele estiver sob o efeito de drogas ou álcool, colocando um limite no relacionamento com ele. Muito embora seja uma situação bastante difícil, já que você está lidando diretamente com os sentimentos de uma pessoa, a sua ausência deve ser considerada como um protesto contra a situação, buscando alertar a pessoa para que tente se afastar das drogas.
4. Não confronte o dependente químico
Não adianta criar uma situação de confronto, ameaçando internação involuntária ou arrumando discussões com dependentes de drogas. O melhor que pode ser feito é ter uma conversa direta com o dependente, agindo de forma agradável, mostrando afetividade, tentando fazer com que o dependente entender que deve se livrar do vício. Uma conversa bem franca mostra que você tem esperança na cura, deixando claro estar sempre disponível para prestar ajuda, desde que o dependente químico queira mudar.
5. Atitudes a tomar com um dependente químico
Tome algumas atitudes concretas para lidar com um dependente químico, como por exemplo:
- Não faça nada que a pessoa não possa ela mesma fazer;
- Procure não socorrer um dependente químico de uma consequência natural de seus atos;
- Não encubra os erros e não os salve de situações embaraçosas;
- Não forneça dinheiro quando ele estiver em situação de crise financeira;
- Não tente, de forma alguma, forçar um dependente químico a evitar a droga;
- Não se sinta culpado pela situação em que um dependente está.
Essas atitudes servem para que você possa controlar os seus próprios sentimentos, buscando resolver o problema de uma maneira isenta.
6. Tratando os filhos dependentes químicos
Uma das situações mais frequentes é um pai ou mãe descobrirem que possuem filhos dependentes de drogas. O sentimento mais comum é de tristeza e de infelicidade, principalmente quando o dependente químico está prejudicando sua própria vida.
Sentir culpa não irá ajudar É necessário tomar atitudes concretas, como usar do amor e da preponderância natural para buscar uma clínica para dependentes químicos, conversar francamente com o filho que é dependente, estabelecer a realidade para o dependente e mostrar o mal que está fazendo em sua própria vida.
De qualquer forma, siga as recomendações já passadas, não assumindo qualquer sentimento de culpa com relação ao problema.
7. Acompanhamento do dependente químico
Se o dependente químico estiver num centro de reabilitação, não deixe de acompanhar todo o processo de recuperação. Lembre-se que muitos dependentes perderam a condição até mesmo de tomar atitudes próprias, agindo de forma negativa, e que precisam de apoio e compreensão para sua reabilitação.
Lembre-se que o vício em álcool é uma doença genética, que pode surgir de forma inesperada na vida de uma pessoa, merecendo sério tratamento. Seguindo esses passos, certamente você estará prestando uma ajuda inestimável ao dependente químico, que poderá ver no seu gesto uma possibilidade de retorno à vida normal.
Fonte: cleuzacanan