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Reencontro

O papel da família no tratamento de dependentes de álcool e outras drogas

Ter um dependente químico na família pode ser um trabalho de Hércules. Além da dor de ver a pessoa se prejudicando continuamente, é preciso lidar com as mentiras, com o medo frequente de ela se enfiar em confusões, algumas vezes com o roubo de objetos pessoais. Não raro, a vida se torna um eterno estado de vigília e os parentes ficam o tempo todo esperando o novo problema que o usuário pode trazer.

Para muitos, o caminho mais fácil de acabar com o distúrbio na paz familiar é se afastar do usuário de drogas ou brigar com ele, para que interrompa o uso imediatamente. Porém, nesse momento, o que eles mais precisam é de compreensão e de apoio.

 

 

Ajudando o dependente químico

Em vez de confrontar o usuário, tornando a convivência familiar instável, a melhor maneira de abordar o uso de drogas é por meio do diálogo. Tentar entender o que levou a pessoa a usar substâncias entorpecentes e buscar ajuda para resolver esses problemas pode ajudar com que ela interrompa o uso.

Além disso, afastar o parente do ambiente familiar também pode ser um tiro que sai pela culatra. Um dos motivos que podem levar alguém a usar drogas é a falta de capacidade de conexão, uma espécie de carência que faz com que ela se sinta afastada do mundo. Ao ser isolado, o indivíduo tende a fazer uso mais intenso da droga, se afundando ainda mais nesse submundo.

Posicionando-se perante o problema

Mesmo nos casos em que o usuário não reconhece o vício, a família precisa demonstrar que é contra o uso dos entorpecentes e se disponibilizar a apoiar uma busca por ajuda. Relembrar que ele tem uma doença que precisa ser tratada é um caminho, mas não deve ser feito de maneira agressiva.

Além disso, é preciso que a família esteja consciente de que ela não é a causa do vício. Para isso, existem os três Cs dos familiares dos dependentes químicos, que dizem:

  1. Eu não causei isto;
  2. Eu não posso curar isto;
  3. Eu não posso controlar isso.

Ter esses três ensinamentos em mente torna mais fácil manter uma posição firme de combate às drogas em casa, não assumir as responsabilidades e, principalmente, evitar a codependência.

O que é a codependência e como evitá-la?

A codependência é a colaboração com o vício de outra pessoa, que pode ser feita de maneira inconsciente. Na maioria dos casos, o viciado em drogas tem na família, pelo menos um parente codependente. Nesse caso, ele não toma iniciativas para interromper o uso das substâncias e acaba sofrendo com as consequências dele junto com o usuário.

Muitas vezes, os familiares pagam as dívidas dos dependentes, aluguel, fiança para retirá-los da prisão e até continuam dando dinheiro para pessoa, o que incentiva a dependência química. Isso pode solucionar os problemas rapidamente, mas não tiram o usuário do vício, que é a única coisa que podem evitar novos transtornos.

Buscando ajuda

Quem tem um familiar que usa drogas também precisa de apoio e de tratamento para conseguir passar por esse desafio reduzindo o sofrimento. Para isso, os grupos dos familiares de usuários são um bom caminho para encontrar forças e para pensar em estratégias para lidar com a situação.

Com ajuda, pode ser que o dependente químico aceite passar por tratamento para se livrar das drogas. Esse também é um processo que exige bastante compreensão e paciência da família. O Auxilio de um psicólogo ou um psiquiatra pode auxiliar nesse processo.

 

 

Fonte: diegotinoco

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