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Clinica Reencontro

Fobia social deve crescer depois da pandemia: saiba como diagnosticar e tratar

A fobia social é um dos transtornos mentais mais prevalentes na população geral. Devido ao longo período de isolamento social provocado pela pandemia de coronavírus, o número de casos do distúrbio tende a crescer substancialmente. A projeção foi feita pelo presidente da Sociedade Espanhola para o Estudo da Ansiedade e do Estresse (SEAS) em entrevista ao jornal El País.

A explicação para o fenômeno é a disseminação dos fatores de risco da fobia social, como passar por eventos estressantes e a expansão da ansiedade e do nervosismo. Durante o confinamento, fatores como medo de contágio, morte de familiares pela doença, perda de emprego e incertezas sobre o futuro passaram a assustar uma grande parcela da população. Nesse contexto, pessoas com distúrbios prévios são as mais afetadas.

Distinguir sintomas isolados de sintomas comuns em situações de estresse é um desafio inclusive para especialistas. Até porque o distúrbio, também conhecido como Transtorno de Ansiedade Social, resulta da interação de fatores como hereditariedade, estrutura cerebral, traumas e demandas sociais.

Como diagnosticar os casos

Timidez e ansiedade no trabalho, na vida amorosa e até em encontros com amigos são situações normais. Com o passar do tempo, as pessoas se acostumam com o ambiente ou a nova realidade, e o medo perde força. A fobia social começa a se caracterizar como um transtorno após a persistência acentuada desses sintomas. Aqui, a qualidade de vida e a rotina pessoal e profissional acabam afetadas negativamente.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a evolução do transtorno limita a vida do paciente a ponto de gerar complicações associadas – como dependência de álcool e depressão. Além disso, o portador da fobia social adquire comportamento conhecido como esquiva fóbica, evitando contatos interpessoais por medo de ser julgado, humilhado ou rejeitado.

Além disso, o transtorno de ansiedade social pode ser acompanhado de sintomas físicos. Entre eles, batimento cardíaco acelerado, dor no estômago ou náuseas, dificuldade em recuperar o fôlego, tontura ou vertigem, confusão mental, diarreia e tensão muscular.

Os sintomas podem aparecer na infância, mas são mais evidentes no início da vida adulta, quando os contatos sociais obrigatórios se tornam frequentes.

Como tratar a fobia social

Coordenador do Ambulatório de Transtornos de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), o médico Márcio Bernik explica que o uso de antidepressivos e tranquilizantes pode ajudar a apagar o excesso de reatividade emocional e ansiedade característico do transtorno de ansiedade social.

“Existem aspectos que não são biológicos, que dependem de aprendizado, de desenvolvimento da personalidade. Essas situações requerem um tipo de treinamento chamado tratamento de habilidades sociais, que pressupõe aprender a fazer e a receber elogios, a reclamar, a posicionar-se e a exigir os direitos que lhe cabem, a falar em público”, explica o psiquiatra.

O caminho mais eficaz para solucionar problemas assim combina a administração de medicamentos com técnicas de psicoterapia. Nesses casos, recomenda-se a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Entre as principais técnicas estão a exposição, a reestruturação cognitiva e o treino de habilidades sociais. A abordagem em grupo da TCC também pode ser indicada, uma vez que diminui o isolamento dos pacientes e permite simular situações para, posteriormente, praticar o aprendizado na vida real.

 

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Fonte: https://secad.artmed.com.br/blog/psicologia/fobia-social-diagnosticar-e-tratar/

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