O que antes era visto apenas como recreação “inofensiva” de crianças e adolescentes, hoje é conhecido como bullying. Um apelido constrangedor, brincadeiras agressivas ou de mal gosto, pequenas perseguições cotidianas ou intimidação. Por muito tempo, isso foi considerado normal dentro de colégios ou outras instituições.
No entanto, os atentados praticados em escolas e o número de suicídios cometidos por jovens acionaram o alerta em psicólogos, pedagogos, professores, especialistas, pais e na sociedade em geral.
Isso porque essas práticas geram depressão, ódio, ansiedade, agressividade e, em muitos casos, podem levar ao uso de substâncias que geram dependência, como álcool e drogas, que funcionam como válvula de escape de uma situação opressora.
Todo esse contexto de estresse e desajustes aproxima os jovens de transtornos, suicídios e drogas. E é sobre isso que vamos falar neste post. Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é bullying?
A palavra bully vem do inglês e quer dizer valentão. O sufixo “ing” indica uma ação executada continuamente. Portanto, bullying são comportamentos agressivos repetidos no dia a dia.
Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), publicada em 2017, afirma que metade das crianças e dos jovens do mundo já sofreu bullying. No Brasil, esse percentual é de 43%. O relatório ainda ressalta que tanto vítimas quanto agressores sofrem em aspectos de desenvolvimento pessoal, educação e saúde, e os danos se prolongam na vida adulta.
As agressões são verbais, físicas, psicológicas e emocionais. Os indivíduos que praticam essas atitudes utilizam a intimidação, a exposição e a ridicularização como ferramentas para coagir os demais.
O ambiente mais propício para esse tipo de ocorrência é a escola, pois os jovens ainda estão formando suas personalidades, são inseguros e precisam da aprovação dos outros para criar um senso de pertencimento. O ambiente estudantil também é o primeiro em que nos identificamos enquanto sociedade.
No entanto, não é só no âmbito escolar que a coação e a agressão têm um terreno fértil para se instalar. Pode acontecer no prédio, na rua, na família e, inclusive, no trabalho, onde caracteriza o chamado assédio moral. Geralmente, quem agride sofre ou já passou por alguma situação de abuso ou intimidação e está apenas replicando o comportamento do qual foi vítima.
Portanto, é preciso conscientizar a sociedade de uma forma ampla e enfática de que essa conduta destrutiva traz prejuízos para as vítimas e também para os agressores. Todos têm a perder quando uma atmosfera de hostilidade e violência instala-se.
Como as pessoas reagem ao sofrerem bullying?
Imagine a seguinte situação: você é adolescente, está inseguro quanto a questões importantes nessa fase, como: autoestima, sexualidade, forma física e todo esse contexto de descobertas e amadurecimento.
Um grupo na sua escola começa a implicar com seu cabelo, por exemplo. Passam a colocar apelidos, espalham desenhos pelo colégio e, em pouco tempo, já constrangem você com nomes que não gosta.
Esse cenário se torna rotina e afeta seu desenvolvimento escolar e suas relações. Você se torna uma pessoa arredia e fica sempre na defensiva. Essa, ainda, é a realidade de muitos jovens no mundo. As escolas já estão participando de forma mais efetiva no combate ao bullying, mas isso requer uma mudança cultural que leva tempo.
Essa reação das instituições, sociedade e familiares é uma resposta ao aumento no número dos casos de atentados violentos no ambiente escolar e de suicídio entre jovens e adolescentes.
Quando não tratadas, as vítimas desenvolvem crises de autoestima e identidade, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, distúrbios psíquicos e compulsões. É aqui que entra a dependência de álcool ou drogas, que começa na juventude e se prolonga pela idade adulta.
Qual é a relação entre bullying e drogas?
As compulsões, em muitos casos, têm causas ligadas a traumas, que são absorvidos pelo subconsciente e acabam impulsionando comportamentos prejudiciais à saúde física e mental.
Um exemplo claro são as meninas que, na adolescência, foram chamadas de gordas ou outros apelidos parecidos e, ao longo da vida adulta, têm depressão e sofrem com transtornos alimentares.
No caso das drogas, os adolescentes se sentem inclinados a experimentar e a normatizar o uso por dois motivos. O primeiro é para se sentirem incluídos no grupo e participantes ativos do status quo ou para fugirem e anestesiarem, mesmo que temporariamente, o incômodo das perseguições e agressões. É sempre bom lembrar-se de que uma razão não exclui a outra, muitas vezes, elas se completam.
Ao se tornarem adultos, esses comportamentos marcados por excessos vão se intensificando e transformam-se em vícios e dependências. Não significa que apenas esses fatores serão capazes de tornar uma pessoa dependente química, mas eles têm uma grande participação.
Se você ou algum ente querido precisa de ajuda, entre em contato conosco! Nós podemos ajudá-lo!
Fonte: https: viversemdroga.com.br