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Clinica Reencontro

Operation_“Cook”,_8_September_1967,_Quang_Ngai_Province,_Republic_of_Vietnam-R.C._LafoonAtravés de levantamento feito pelo STM (Supremo Tribunal Militar), contatou-se que os casos de uso, tráfico e porte de drogas nas Forças Armadas tiveram o aumento de 337,5% em relação aos últimos 12 anos. Só em 2014, o número de processos em unidades militares foi de 280. Em 2015, até o dia 3 de setembro, já haviam sido registradas 169 ações por posse, uso ou comércio de drogas dentro de unidades militares.

Diante dos riscos da ligação entre as drogas e os homens armados, juízes e procuradores se dizem preocupados. Em relação aos tribunais, a Defensoria Pública da União defende que, acompanhando o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de ação para deixar de penalizar o porte de drogas, haja também a descriminalização do usuário militar.

O Supremo começou a discutir a questão, mas o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas foi suspenso no STF em 10 de setembro, após três ministros votarem a favor de usuários poderem ter para uso pessoal certa quantidade de droga. Ainda não há data para o julgamento ser retomado.

De acordo como o ministro do STM, general Fernando Sérgio Galvão: “Os números que descobrimos nesta pesquisa são surpreendentes: nos mostram que o aumento médio anual chegou a 20% nos últimos anos, o que está nos preocupando”. Em relação ao perfil dos dependentes ele afirma que: “Cerca de 95% dos flagrados são soldados temporários e recrutas [que prestam serviço obrigatório de um ano], solteiros, com ensino fundamental completo e na faixa dos 18, 19 anos. Uma garotada nova e imatura ainda”.

Entre as drogas usadas, a mais comum é a maconha com 81,6% dos registros. Porém, nos últimos 5 anos, o seu uso vem caindo diante da presença da cocaína que teve um registro de 20% em 2013 e o crack atingiu 10% das apreensões em 2011.

Em relação as punições para os militares o procurador geral afirma que a questão nesse meio deve ser enquadrada com mais rigor, pois oferece risco a hierarquia e à disciplina militar, como também, enorme risco a incolumidade física das pessoas.

Fonte: CircuitoMT