A compreensão entre uso, abuso e dependência são essenciais por tais termos apresentarem-se e evoluírem progressivamente, seguindo a sequência: uso, abuso e dependência. Porém, nem sempre um provoca o outro. A sequência apresentada ocorre quando o uso das substâncias psicoativas se torna cada vez mais frequente. Apesar de ser comprovado que o uso precoce de álcool e drogas tende a provocar problemas futuros mais sérios, não existe fator que determine se os usuários se tornarão de fato dependentes.
A Neurobiologia e a Dependência Química
A Neurobiologia descreve a Dependência Química como resultado da associação entre o uso frequente de álcool ou drogas e os efeitos consequentes do consumo. Isto ocorre devido ao fato de que as drogas e o álcool tendem a liberar substâncias no sistema nervoso central que alteram profundamente o estado comportamental do usuário, causando alteração de comportamento e fazendo com que este perca a capacidade de fazer julgamentos.
No sistema nervoso central são transmitidos os sinais e sintomas como as sensações de prazer ou desconforto que se configuram como resposta aos estímulos. Logo, a desconfiguração do sistema cerebral tende a colocar em risco a sobrevivência do dependente. As substâncias psicoativas provocam drásticas alterações no sistema sensorial. O álcool, por exemplo, tende a tornar o indivíduo depressivo, a cocaína provoca um nível extremo de prazer, a maconha proporciona uma sensação de prazer mais duradoura e etc…
Ao serem ingeridos, o álcool e as drogas cada vez mais esgotam a capacidade do dependente em produzir dopaminas, substâncias responsáveis por causar as sensações de prazer. Por isso, o usuário passa a recorrer a doses cada vez maiores destas substâncias com mais frequência.
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