O alcoolismo é um problema de saúde pública reconhecido entre jovens de 18 a 29 anos. Contudo, os idosos também sofrem com a doença crônica. Uma pesquisa do Datafolha aponta que 9% dessa população bebe todos os dias. Esse comportamento põe em risco a saúde e o bem-estar dos idosos. A psicogeriatra Valeska Marinho alerta que os familiares são os principais aliados no tratamento do problema e por isso devem estar atentos aos sintomas.
Sinais
Em geral, fatores como aposentadoria, sentimentos de solidão, inutilidade e falta de perspectiva levam ao consumo exagerado. Segundo Valeska Marinho, se o consumo de álcool leva a brigas e a decisões contra o próprio bem-estar, é preciso moderar a ingestão e prestar atenção aos problemas.
Hábito
“A família tende a olhar como hábito, e não como problema de saúde [a ingestão diária de bebida]. Mas esse padrão de consumo ao longo de décadas é nocivo”, alerta a profissional. Ela explica que, ao longo da vida, esses pacientes adquiriram uma resistência à bebida para que pudessem consumir o álcool sem comprometer a carreira. Como estão acostumados há anos com a ingestão, acabam considerando o volume consumido como inofensivo, apesar dos transtornos neuropsiquiátricos.
Consequências
Nesta fase da vida, o metabolismo fica mais lento, e com isso, o fígado tem mais dificuldade para eliminar o álcool do corpo. Os demais órgãos, como estômago e pâncreas, também têm suas funções reduzidas, tornando o consumo elevado de bebidas ainda mais prejudicial. Entre as doenças relacionadas estão a depressão, demência, problemas cardiovasculares, como pressão alta, além de cirrose e diabetes.
O que fazer?
Marinho explica que, ao identificar o problema, os familiares devem interferir na compra da bebida, que deve ser em pequenas quantidades, além de conversar com o idoso. “Tentem esgotar o assunto na conversa e sinalizar a preocupação com uso.” Ela ressaltou que ainda é preciso procurar ajuda de profissionais como psiquiatras e geriatras.
Fonte: Governo o Brasil