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O uso de drogas pode levar a um transtorno de ansiedade generalizada?

O transtorno de ansiedade generalizada é um distúrbio caracterizado por intensas preocupações, além de irritabilidade, inquietação, cansaço e alterações no sono. Como outras doenças psiquiátricas, o transtorno de ansiedade generalizada é uma doença multifatorial, ou seja, seu desenvolvimento depende do envolvimento de diversos fatores,  como o uso de drogas.

 

 

 

Consumo de drogas é uma das causas do transtorno de ansiedade generalizada

“Além de fatores genéticos, estímulos ambientais podem levar ao surgimento da doença. Portanto, o uso de algumas substâncias psicoativas pode levar ao desenvolvimento de ansiedade”, afirma a psiquiatra Cláudia Chaves. Não apenas drogas ilícitas, como a cocaína, podem ser citadas, mas também as legalizadas, como álcool e a nicotina presente nos cigarros.

A profissional acredita que é importante ressaltar ainda que alguns pacientes que já têm transtorno de ansiedade generalizada ou outro distúrbio de ansiedade acabam recorrendo a substâncias para reduzir os sintomas da ansiedade e não procuram o auxílio médico adequado. Apesar de, momentaneamente, aliviarem o problema, estas drogas podem causar consequências, como o consumo sem controle, criando uma bola de neve.

Ansiedade generalizada é transtorno de difícil diagnóstico

O uso de drogas, associado a outros fatores, pode ser um indício do desenvolvimento do transtorno de ansiedade generalizada. No entanto, a doença é subdiagnosticada, segundo Cláudia, por ter início precoce e aparecimento lento dos sintomas. “Por não ter a presença de crises paroxísticas, como o transtorno de pânico, muitas vezes o próprio sujeito ou sua família simplesmente entendem como se a pessoa sempre fosse ‘nervosa’ ou ‘muito preocupada’, explica.

Os principais sintomas que podem chamar a atenção de familiares e do próprio paciente são uma sensação de preocupação excessiva e que persiste pela maior parte do tempo com diversas atividades, como trabalho, estudos e passeios. “Esta preocupação é difícil de controlar, junto com outras alterações, como dificuldade de concentração, tensão muscular, insônia e inquietação, que levam a um sofrimento intenso ou incapacidade para atividades cotidianas”, alerta a médica.

 

Dra. Claudia Chaves Dallelucci é médica psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e mestranda em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). CRM-SP: 151077

 

 

Fonte: cuidados pela vida

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