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Clinica Reencontro

SOLVENTES E INALANTES

Representam um grupo de substâncias psicoativas quimicamente bastante diversificado e envolvem uma grande variedade de produtos: gasolina, cola, solventes, tintas, verniz, esmalte, aerossóis, removedores, fluido de isqueiro, gás de botijão, benzina, inseticidas, laquês, lança-perfume etc.
No Brasil, dados apontam o consumo, tanto na população estudantil como nos grupos sociais de risco, é bem mais intenso que em outros países. O país é o campeão do uso na vida dos solventes, com predominância no Nordeste e no Centro-Oeste.
O uso por inalação é o preferido, mas também pode ser pela via oral (ingestão). Os efeitos do uso são divididos em quatro fases:
1ª fase: são os sintomas mais procurados pelos usuários e incluem euforia, excitação, exaltação e alterações auditivas e visuais. Podem ocorrer sintomas desagradáveis como vertigens, tonturas, náuseas, vômitos, espirros, tosse, salivação, fotofobia e rubor facial.
2ª fase: depressão inicial do sistema nervoso central, produzindo confusão, desorientação, obnubilação, perda do autocontrole, turvação da visão, diplopia e cólicas abdominais. Podem surgir cefaleia e palidez.
3ª fase: depressão média do sistema nervoso central, com redução acentuada do estado de alerta, dificuldade de coordenação ocular e motora, ataxia, fala pastosa, reflexos diminuídos e nistagmo.
4ª fase: depressão profunda ou tardia do sistema nervoso central, podendo ocorrer inconsciência, convulsões, alterações no eletroencefalograma, paranoia e comportamento bizarro. Essa fase ocorre com frequência em usuários que inalam a substância de um saco plástico e que, após certo tempo, já não conseguem afastá-lo do nariz, agravando a intoxicação, que pode levar à morte por asfixia mecânica.
O uso crônico está relacionado à morte súbita, com falha cardíaca. Também causa fadiga, esquecimento, dificuldade de pensar, depressão do humor, redução da motivação etc. O tratamento, às vezes, requer mais cuidados com hidratação ou reposição de glicose do que cuidados ligados à intoxicação.

fonte: grupo recanto

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