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Clinica Reencontro

Coronavírus bloqueia rotas do tráfico de drogas e dificulta distribuição

Produtores de cocaína colombianos estão sem gasolina, que era contrabandeada da Venezuela. Produzida e distribuída localmente, uma maconha é menos afetada.

 

 

Como medidas restritivas impostas pelos governos para conter uma pandemia de  coronavírus  provocam rupturas em todas as cadeias de negócios. Até os ilícitos. Segundo um relatório do UNODC, o escritório da  ONU  para crimes e  drogas , uma quarentena global está bloqueando uma série de rotas de  tráfico de drogas , dificultando a vida dos criminosos. Diversos países já apresentam escassez de entorpecentes.

O relatório de evidências como comércio ilegal de substâncias depende de meios legítimos de logística para atividades relacionadas ao camuflar. “Como as drogas são normalmente escondidas e transportadas em caminhões ou caminhões carregados com produtos legais”, afirma uma agência. Com pessoas impedidas de sair de casa, o tráfico também não consegue entregar seus produtos ao consumidor. De acordo com o UNODC, uma pandemia que afeta o mercado de drogas em todos os aspectos, desde a produção até o consumo.

Drogas sintéticas, como  metanfetamina , costumam ser transportadas em rotas aéreas intercontinentais. As restrições às viagens estão provocando grandes rupturas no fornecimento desses entorpecentes. “Uma interrupção dos voos deve causar um impacto importante no tráfico de drogas sintéticas para países como Coreia, Japão e Austrália”, indica o relatório.

No caso de heroína, o transporte costuma ser feito por vias terrestres, mas os traficantes estão buscando vias marítimas. Uma recente apreensão da droga no Oceano Índico indica uma mudança de estratégia.

maconha  é o produto menos afetado. “Em contraste com outras drogas, cuja produção é concentrada em poucas regiões, a maconha é cultivada em praticamente todos os países”, afirma a ONU. “Produtos à base de  cannabis  geralmente são distribuídos localmente por meio de rotas curtas e domésticas.” Não há indicação de rupturas no comércio do entorpecente, embora, na Europa, a demanda tenha aumentado em razão da quarentena, ou que possa intensificar o tráfico entre o Norte da África e o Velho Continente.

O tráfico internacional de cocaína demonstra resiliência. As apreensões de drogas na América Latina e na Europa apontam para uma perda de fluxo de mercadorias, especialmente por vias marítimas. Por outro lado, há indicadores de redução de oferta de produtos importados em grandes mercados, como os Estados Unidos e o Brasil, que dependem do transporte terrestre.

Na Colômbia, uma pressão das autoridades aumentou durante uma pandemia. A política do governo de erradicação de plantas vem surtindo o efeito e derrubando a produção. Entre os produtores da região leste, na fronteira com a Venezuela, o problema é a falta de gasolina no país vizinho, de onde os traficantes obtêm ou o combustível contrabandeado.

De acordo com o relatório, é possível presumir que uma ruptura da cadeia de registro de tráfico de drogas levará a um aumento no estoque de produtos. Quando as restrições principais são levantadas, existe o risco de um pico de oferta, com drogas de menor qualidade, gerando um crescimento no consumo de cocaína e danos aos usuários.

 

Fonte: exame

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