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Clinica Reencontro

MOTIVAÇÃO

A motivação é um estado de prontidão ou de avidez para a mudança, que pode oscilar de tempos em tempos ou de uma situação para a outra e que é passível de ser influenciado. De maneira geral, os clientes nos estágios iniciais do processo necessitam de mais suporte motivacional do que aqueles que estão nos estágios mais avançados do processo de mudança.

A mudança compreende cinco estágios:

  • Pré-contemplação: “No meu ponto de vista, eu não tenho nenhum problema que precise de mudança”. O indivíduo desconsidera a necessidade de mudança, pois não se vê com problemas. Uma pessoa, nessa fase, precisa de informação e feedback para tomar consciência de seu problema e da possibilidade de mudança.
  • Contemplação: os pacientes, neste estágio, têm conhecimento da conexão entre seus comportamentos e os problemas a eles associados. Assim, fazem uma avaliação do custo-benefício mais realista e a possibilidade de considerar alguma mudança está mais presente. Não há, porém, comprometimento algum. Pensa mais do que age – daí se chamar de “estágio de contemplação”. O paciente até identifica o comportamento, mas não o vê como um grande problema. A entrevista motivacional, portanto, visa discutir essa avaliação e reexplorar os valores do paciente em relação à mudança.
  • Preparação: “Estou tentando parar de usar drogas, mas mesmo assim gostaria de receber ajuda”. Ao contrário da etapa anterior, aqui há o compromisso com a mudança; um plano a ser implementado a curto prazo é formulado e a mudança inicia. Do contrário, voltará à contemplação. Assim, devem-se deixar claras as metas, discutir as opções de tratamento, aconselhar, negociar a mudança, explorar as expectativas do tratamento e anunciar os planos de mudança.
  • Ação: “Às vezes meu problema é difícil, mas estou tentando solucioná-lo”. Nesse estágio, o paciente se engaja em ações específicas para alcançar uma mudança. Porém, é preciso de apoio e encorajamento, sendo a terapia um meio de assegurar o cumprimento do plano de ação. O objetivo é produzir uma mudança em alguma área-problema. Os profissionais devem se engajar no tratamento, reforçar a importância de se permanecer em recuperação, dar uma visão realista da mudança, reconhecer a dificuldades iniciais, ajudar a identificar situações de risco e avaliar a consistência das famílias e o suporte social.
  • Manutenção: “Eu pensei que uma vez resolvido o problema, estaria livre dele. Mas algumas coisas eu ainda percebo que estou lutando com ele”. É provável que os pacientes só cheguem nesse estágio após passar algumas vezes pelos anteriores. A isso se denomina recaída. Este é o estágio de se tentar integrar o novo comportamento à sua vida em geral. O paciente deve identificar várias fontes de prazer que não envolvam substâncias, recebendo suporte no seu novo estilo de vida, reforçando sua capacidade de resolver seus problemas e praticando estratégias de enfrentamento para evitar a recaída. Para isso, pode se envolver com trabalho voluntário, grupos de autoajuda, participar de atividades espirituais ou culturais etc.

fonte: grupo recanto

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